sábado, 19 de julho de 2008

Retorno

Comecei este blog pouco tempo depois de ter perdido tudo o que já havia escrito na vida. Meu disco-rígido (tem hífen, né?) queimou e nem uma bela soma de dinheiro foi capaz de resgatar as informações que nele acabaram enterradas.

O pior é que essa perda foi apenas mais uma entre várias de um período que apelidei de Fevereiro Negro. Sempre marcante o Carnaval. Enfim, depois de cinco meses de purgação, volto a escrever por aqui, agora mais leve. Deixo os quatro primeiros posts – de inspirações variadas – como marcas daquele breu. Depois explico o título do blog e o monte de outras coisas que talvez fosse preciso explicar antes. Mas prefiro recomeçar com um comentário impertinente sobre notícia que li ontem.

Goiânia, essa terra abençoada onde os pais, tomados pelo amor, batizam os filhos com combinações intrincadas de sílabas de seus próprios nomes, recebeu, na sexta e no sábado, dois jogos da seleção brasileira de vôlei masculino – sim, aquela do Bernardinho e de galãs improváveis como Giba, Dante e André Heller. Vencemos a Venezuela, este eterno sparring, duas vezes, por 3 sets a 0, para deleite de uma multidão formada em grande parte por sopranos.

O caso é que no fim do jogo, no ânfamo (como diria o sábio dono do Real Society, cujo neologismo tomo emprestado para não ter de usar o menos expressivo “afã”) da vitória, o público se excedeu e uma grade de proteção cedeu. Algumas pessoas caíram de uma altura de 1,5m e quatro se machucaram. Todas estão bem e já receberam alta, mas mesmo assim peço perdão pelo incômodo que o humor do texto possa causar aos pouco afeitos a distanciamentos. Não pude deixar de pensar que em nenhuma outra capital brasileira, talvez nem mesmo entre as inigualáveis metrópoles nordestinas, seria possível encontrar, em um grupo aleatório de quatro pessoas, três nomes do quilate de Laurenita, Aurenita e Braucileny. Tudo bem que a quarta vítima assina Paulo Sérgio, mas não será goiano este ordinário nominho composto. Ou, se for, de certo terá pais paulistas.

8 comentários:

Karashima disse...
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Karashima disse...

A Laurenita e a Aurenita eram irmãs? Imagina a confusão em casa qdo a mãe chama..

abraço mlk!
(segunda eu volto aos campos).

Dáfani disse...

Mas que barbaridade!!!! Hilário...
Agora imagine químicos, bioquímicos, biólogos e "afins" dando nomes aos seus filhos: Fenilalanina (aminoácido), Piruvato (composto originado ao final da Glicólise), minha mãe apesar de ser advogada quase acertou: Dáfani > Daphnia sp. microcrustáceo (+ conhecido como pulga d'água - tive este apelido durante alguns anos na universidade), Daphne, arbusto cujos frutos são tóxicos...
Agora imagine um geneticista..."venha aqui Desoxirribonucleico'zinho' do papai!!!!!"....bonitinho, não???

Abraços, G.

Mateus Baeta Neves disse...

Eram não, Farastinas. Ainda são!

Os campos te aguardam..

Abraço

Noves fora, zero. disse...

Hm.

Mas eu ja conhecia esse teu blog. Pensei que era algo novo.

Bjoca estalada

Unknown disse...

Ê... Trenhão que coisa heim!!
Isso me lembra quando eu trabalhava na Comissão Permanente de Seleção da Católica, era cada nome que nós achavamos.
Algumas coisas como:
- Wandanomeslinda (escrito assim mesmo!);
- Zilmoldilson
e eu não a conheci, mas fiquei curioso para ver a famosa
- Espermatocreuza.

Abração,
Um dia volto por aí!

Flávia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Colombina disse...

Primeiramente,acho que esse negócio de tecnologia não subsitui o papel e a caneta. Até o lápis, que na minha opinião é ainda melhor, não devem ser substituidos pelo word, notepad, e todos os seus parentes. Quanto ao HD, deveria ter procurado uma consultoria especializada. Não costuma ser impossível recuperar os dados e, afinal, deveriam ser valiosíssimos.
Mas como você disse, CARNAVAL É SEMPRE MARCANTE. Talvez você deva apenas substituir as lembranças ruins pelas boas.
Quanto ao caso fatídico, realmente, se não fosse cômico, seria trágico. Mas não é só em Gôiania que se vê isso não. Já conheci uma garota chamada Evelyne, que tinha 2 irmãs: Evelyn e Evelyze...
Dá pra imaginar???!!!

Beijocas procê, e vê se arruma um tempinho pra postar mais. Já faz tempo hein?!...